segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Fernando de Noronha Caribe Brasileiro

Pode acreditar em tudo o que você ouviu e viu sobre as belezas de Fernando de Noronha. Seus amigos não exageraram nas descrições, e as fotos que saem publicadas nas revistas não são produto de uma escolha meticulosa de ângulos favoráveis. De frente para o mar, todos os ângulos de Noronha são favoráveis.
Águas cristalinas, recortes sensuais, pedras, morros, mata – os ingredientes são todos da melhor qualidade, e foram misturados por Alguém que claramente entende desse negócio de fazer praia bonita. Embaixo d’água, você cruza com uma fauna marinha difícil de encontrar tão perto de terra firme.
Apenas 700 forasteiros são permitidos na ilha a cada noite. Quando você for, aproveite o privilégio pelo máximo de noites que puder.

Quando ir

A época mais seca se estende de agosto a fevereiro; as chuvas ocorrem entre março a julho.
Na baixa temporada, abril, maio e junho são os meses em que a ilha está mais vazia (e é possível negociar descontos nas pousadas).
Mais do que se preocupar com as chuvas, vale ficar atento às condições do mar. De abril a setembro, o Mar de Dentro (litoral voltado para o Brasil) tem as melhores condições de mergulho.
Ou seja: os melhores meses para pegar sol e mar piscininha são agosto e setembro.
Agora, se o seu negócio é surfar, deixe pra ir entre dezembro e março, quando o swell cria ondas perfeitas na Cacimba do Padre, onde ficam as famosas pedras gêmeas conhecidas como Dois Irmãos.
O Réveillon é o mais caro do Brasil. Venha se quiser fazer festa e ver surf.
Fernando de Noronha: quando dá praia?
  • Vá! Janeiro | Agosto | Setembro | Outubro | Novembro | Dezembro
  • Pode ir: Fevereiro | Julho
  • Melhor não ir: Março | Abril | Maio | Junho

Como chegar

 

vôos diários do Recife, pela Gol (Boeing 737-700) e pela Azul (turbo-hélice ATR 72), e de Natal, apenas pela Azul (com ATR 72).
Todo visitante deve pagar a taxa de preservação, que pode ser quitada com antecedência, emitindo o boleto pela internet. No desembarque haverá duas filas: uma para quem vai pagar na hora, outra para quem já pagou; a dos que já pagaram vai mais rápido.
(Há uma segunda taxa a ser paga na ilha, válida para entrar nas áreas do parque nacional marinho)
O melhor é combinar o traslado com a sua pousada (ou, se for alugar um bugue, já pegar o bugue na chegada). Alguns trânsfers incluídos em pacotes fazem você perder a tarde numa "palestra de introdução" (desculpa para vender passeios antecipadamente) e na distribuição entre as pousadinhas pela ilha inteira.

Onde ficar

Há três núcleos principais. A Vila dos Remédios é o centro histórico da ilha e se estende até o mar. Além de concentrar a vida noturna, tem uma praia, a do Cachorro, e está a dez minutos de caminhada da Conceição.
A Vila Floresta Nova fica à altura da Vila dos Remédios, mas do outro lado da estrada. A Vila do Trinta se situa mais adiante, na direção do porto, e é menos conveniente para curtir a noite no centrinho.
A melhor notícia de hospedagem em Noronha é o surgimento de um nicho de pousadas transadinhas na faixa de R$ 400 a diária: 

O que fazer

 

A maioria dos visitantes tira o primeiro dia para fazer um ilha-tour. Eu acho que é um dia perdido,
Todo mundo também faz um passeio de barco pelo Mar de Dentro, do porto até o Sancho; com sorte, golfinhos vão acompanhar o barco em algum momento.
Se você não mergulha, pode fazer seu batismo (primeiro mergulho de cilindro, acompanhado por instrutor). Pode também fazer um mergulho de plana-sub (de snorkel, apoiado numa prancha, na carona de um barco). Se não quiser se molhar, pode ver peixinhos no chão de vidro da Navi, uma embarcação de design futurista.
A nova atração da ilha é a captura de tartaruga que acontece duas vezes por semana na praia do Sueste. Informe-se sobre os horários na sua pousada.
O melhor fim de tarde é na Praia da Conceição.
À noite, não perca as palestras gratuitas do Projeto Tamar, na Vila do Boldró (a palestra-show do compositor Ju Medeiros é hilária e especialmente imperdível). Depois sempre tem algum evento: forró ou maracatu no Bar do Cachorro, roda de samba n'O Pico, festival no Zé Maria...

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Maceió

A orla mais fotogênica do Nordeste fica em Maceió. Grande parte dos visitantes, porém, só vê as praias urbanas na hora de sair do hotel e de voltar, no fim da tarde: ao norte e ao sul existem praias ainda mais bonitas, e com balneabilidade melhor.
Depois de um dia de passeio, Maceió recebe você de volta com a mais variada coleção de restaurantes que você encontrará numa capital do seu porte. Do sururu nativo à comida peruana, a mesa de Maceió é tão apetitosa quanto suas praias.

Quando ir

O tempo é mais firme entre setembro e março. Os meses mais propensos a chuvas são maio e junho. O mar é bonito o ano inteiro, mas fica mais claro nos últimos e nos primeiros meses do ano. O alto verão é também quando a bela praia urbana de Ponta Verde oferece balneabilidade.
O Réveillon é bastante movimentado, com pelo menos duas mega-festas produzidíssimas. É possível comprar ingressos perto do dia, em postos de vendas nos hotéis.
Em janeiro a elite da cidade se transfere para a Barra de São Miguel, 30 km ao sul, onde também acontece o Carnaval de rua da região. Já o melhor São João é na cidade histórica de Marechal Deodoro, 20 km ao sul.
Maceió: quando dá praia?
  • Vá! Janeiro | Outubro | Novembro | Dezembro
  • Pode ir: Fevereiro | Maio Setembro
  • Melhor não ir: Agosto
  • Não vá: Abril | Maio | Junho | Junho

Como chegar

 

Maceió é ligada por vôos diretos a São Paulo, Rio, Brasília, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Aracaju. De outras cidades é preciso fazer conexão em alguma dessas cidades (na maioria das vezes, São Paulo ou Salvador).
São Miguel dos Milagres está a 100 km ao norte: é preciso sair da estrada logo depois de São Luís do Quitunde. Maragogi fica a 130 km; a viagem leva entre duas horas e duas horas e meia, por causa do trânsito pesado de Maceió até Paripueira e das curvas da serrinha no interior.
A BR 101 liga Maceió a Aracaju (285 km ao sul). Mesmo depois que concluírem a sua duplicação, o caminho mais bonito continuará sendo a litorânea AL 101 Sul, que permite a entrada em várias. (Para prosseguir a Sergipe, pegue a balsa de Penedo para Neópolis.)

Onde ficar

 

A orla de Pajuçara é o endereço de boa parte dos hotéis de Maceió – e do comércio voltado para os turistas, incluindo feirinhas de artesanato.
O bairro mais interessante de Maceió, no entanto, é a Ponta Verde, vizinha da Pajuçara. Por ali você na praia mais bacanas e se sentirá num ponto mais residencial e menos turístico.
O outro pólo hoteleiro importante da cidade é a Jatiúca, onde ficam os hotéis com maior estrutura. A beira-mar por ali tem tapioqueiras e até forró (mas o mar nunca está em condições de banho).
Para ficar pé-na-areia fora da cidade, escolha entre resorts em Pratagi e Ipioca (20 e 30 km ao norte), e hotéis na Barra de São Miguel (30 km ao sul).

O que fazer

 

Alugue um carro. Mas quando der preguiça, pegue praia em Ponta Verde, em barracas como a Lopana e a Canoa.
Se for ao litoral norte (recomendo ir ao Hibiscus, em Ipioca), almoce na volta num dos restaurantes dos Altos de Ipioca. Voltando do litoral sul (Barra de São Miguel é a mais gostosa), a parada obrigatória é nos restaurantes à beira do canal da Massagüeira.

Não recomendo fazer o bate-volta a Maragogi: é muito puxado (Paripueira é mais perto). O passeio à foz do São Francisco fica mais confortável quando você dorme em Penedo.

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

João Pessoa paraiso no nordeste


Volta e meia João Pessoa é apresentada como o último pedaço do Nordeste a ser descoberto. Em parte é verdade: a Paraíba ainda é bem menos conhecida do que deveria. Mas seus descobridores tornam-se fãs – e não param de retornar.
Uma das cidades mais antigas do Brasil, João Pessoa nasceu longe do mar, à beira do rio Sanhauá. Os bairros da orla são recentes e obedecem a um inteligente plano diretor, que limita a altura dos prédios das quadras próximas ao mar. (Ultimamente surgiu um bairro residencial de arranha-céus, o Altiplano, mas está a uma distância segura da praia.) Uma reserva de mata atlântica em plena área urbana, a Mata do Buraquinho, proporciona um excelente índice de área verde por habitante.
É muito fácil se movimentar pela beira-mar – e sair à descoberta de novos segredos, tanto ao norte quanto ao sul da capital.

Quando ir

A época mais seca vai de setembro a março. O mar fica mais bonito no altíssimo verão, a partir de dezembro, quando ganha lindas tonalidades de verde e azul. No inverno e antes do verão, as águas podem ficar turvas.
As piscinas naturais de Picãozinho e a ilhota de Areia Vermelha só são aproveitáveis durante as luas cheia e nova; se você faz questão de fazer esses passeios, programe a viagem numa lua conveniente.
Em qualquer época do ano, prepare-se para acordar cedo: o sol nasce antes das 5 da manhã, e às 8 já está praticamente a pino. No começo da tarde, coqueiros e falésias já fazem sombra aos banhistas. O pôr do sol acontece às 5 da tarde durante o ano e às 17h30 no alto verão.
João Pessoa: quando dá praia?
  • Vá! Janeiro | Setembro | Outubro | Novembro | Dezembro
  • Pode ir: Fevereiro
  • Melhor não ir: Março | Agosto
  • Não vá: Abril | Maio | Junho | Julho

Como chegar

 

João Pessoa é ligada por vôos diretos a São Paulo (Cumbica), Rio de Janeiro (Galeão), Brasília, Recife, Salvador e Campinas.
Vindo de carro do Recife, são apenas 120 km -- mas o trânsito pesado na passagem por Abreu e Lima, à altura de Igarassu, faz com que seja difícil fazer a viagem menos de duas horas.
Natal fica a 180 km; Pipa, a 145 km (é preciso deixar a BR 101 à altura de Goianinha).
As estradas paraibanas são exemplares: a BR 101 está duplicada em toda a extensão, e o asfalto se apresenta invariavelmente em melhores condições do que nos estados vizinhos.
Para ir às praias do sul basta continuar pela orla de Cabo Branco; Carapibus está a 25 km; Tambaba, a 35 km.

Onde ficar

 

A maior concentração de hotéis de João Pessoa está no comecinho da orla de Cabo Branco. Dali pode-se ir a pé ao centrinho de Tambaú, que é o coração turístico da cidade – com bares, restaurantes, barracas de tapioca, centro de artesanato, ponto de bugueiros e o embarque à piscina natural do Picãozinho.
Manaíra, o primeiro bairro passando Tambaú, é o centro comercial elegante da cidade; você estará mais perto de lugares em que os pessoenses serão sempre maioria.
Veja os hotéis que eu recomendo nas praias urbanas de João Pessoa .
Para curtir praia sem se preocupar com a vida urbana, hospede-se no litoral sul. O único resort da Paraíba, o all-inclusive Mussulo, fica em Tabatinga, a 2 km da praia (mas leva seus hóspedes de van para um bar de praia exclusivo). A pousada Aruanã tem porte de hotel e fica dependurada na falésia sobre a praia de Carapibus. O hotel Maria Bonita Querendo uma pousada com jeitão de pousada mesmo, considere a Pousada dos Mundos e a Pousada das Conchas.

O que fazer

 

O centro histórico é menos famoso do que deveria. O conjunto do Convento e Igreja de São Francisco seria impressionante mesmo em Olinda ou Ouro Preto.
Bugueiros fazem tours às praias. Para curtir com calma, porém, alugue um carro.
Para ver como curtir as praias urbanas, veja aqui.
No litora sul, a nudista Tambaba (que só permite a entrada de quem tire a roupa, em grupos em que haja pelo menos uma mulher) pode ser a mais famosa, mas as praias que estão no caminho -- Carapibus, Tabatinga e Coqueirinho -- são tão ou mais bonitas. Pena que as barracas de Coqueirinho foram expulsas da praia e tiveram que ser remontadas no alto de um barranco, terminando com a mais gostosa experiência de praia da Paraíba.
Às 16h30, esteja a postos na praia fluvial do Jacaré, em Cabedelo, para assistir ao pôr-do-sol ao som do Bolero de Ravel executado por Jurandy do Sax. E em alguma noite experimente a autêntica ceia nordestina do Mangai.

terça-feira, 12 de abril de 2016

Chapada Diamantina

Chapada Diamantina
Morro do Camelo visto do Vale do Cercado, perto de Lençóis
Quem começa a estudar a Chapada Diamantina logo se dá conta de que... não vai dar conta. É difícil tirar férias longas o suficiente para acomodar tantas cachoeiras, grutas, poços, riozinhos, trekkings e cidadezinhas pitorescas numa viagem só.
Mas não se preocupe. Se a Chapada for o seu número, você vai voltar outras vezes.
Numa primeira incursão, escolha a base que proporcione as experiências que mais se encaixam com o seu perfil, eventualmente complementando com um ou dois pernoites numa segunda base, num ponto oposto do parque.
Dispondo de uma semana (ou mais), você pode fazer um circuito com até três bases.
Se estiver de carro, é muito fácil rodar a Chapada por conta própria; você só vai precisar aderir a grupos nas trilhas.
Sem carro, e querendo ticar todo o "best of" numa semana, o melhor é montar ou encaixar-se num dos pacotes "volta à Chapada" das agências de ecoturismo, como Venturas (que tem uma filial local), Freeway, Volta ao Parque, Nas Alturas, Fora da Trilha, Terra Chapada e Chapada Adventure. Assim você garante 100% de aproveitamento do seu tempo, sem perrengues logísticos.
Ainda não estive na parte mais ao sul da Chapada (região de Rio de Contas), por isso não está contemplada neste post.
Pantanal de Marimbus
Pantanal de Marimbus

Quando ir à Chapada Diamantina?

Não existe época desaconselhável para a Chapada. As chuvas de verão (novembro a janeiro) podem enlamear as trilhas, mas deixam as cachoeiras mais caudalosas. Entre março e maio, passadas as chuvas de verão, você vai encontrar a Chapada mais verde; e entre maio e setembro, dificilmente vai pegar alguma chuva. O meio do ano -- entre maio e setembro -- é também a época em que, nos dias claros, as grutas Azul, do Poço Azul e do Poço Encantado recebem a incidência de raios de sol que deixam suas águas azuladas.
LENÇÓIS | Chapada Diamantina sem esforço
LençóisRua da BadernaSerrano, Lençóis
Igreja do Senhor dos Passos | Rua da Baderna | Serrano
Capital turística da Chapada, Lençóis é a base perfeita para quem quer ver muito e se cansar pouco. O layout é de cidadezinha histórica mineira, mas o astral é definitivamente baiano. Os 12 km que separam a vila da BR 242 garantem a tranqüilidade do lugar: Lençóis não é ponto de passagem. Todas as agências tem lojinhas próximas umas às outras, abertas até a hora do jantar, o que facilita se encaixar nos passeios para o dia seguinte. Nas férias a cidade costuma lotar; fora de temporada, tem a animação na medida certa (é mais animada no dia de chegada dos vôos e no dia seguinte, antes de parte dos recém-chegados sair para outras bases).

Passeios a partir de Lençóis

Vista do Morro do Pai Inácio
Vista do alto do Morro do Pai Inácio
O cartão-postal da região -- a vista do Morro do Pai Inácio, a 30 km pelo asfalto -- é o melhor programa para o dia da sua chegada, ao entardecer.
Estalagmites e estalagtites na gruta da Torrinha
Acredite se quiser: um Morro do Pai Inácio esculpido pela natureza na Gruta da Torrinha
Outros passeios, de meio dia ou dia inteiro, conduzem a um elenco superdiversificado de atrativos. A estrada em direção a Palmeiras leva a grutas (a mais impressionante -- e que requer mais esforço físico -- é a da Torrinha; a mais light, a Lapa Doce; a mais farofa, a da Pratinha, onde dá para fazer flutuação) e ao rio Mucugezinho, onde dá para tomar banho no Poço do Diabo e fazer tirolesa.
Na direção do aeroporto, uma estrada de terra leva a tesouros de inscrições rupestres (na Serra das Paridas) e à Cachoeira do Mosquito (1h de trilha para ir e outra para voltar).
Pegando a estrada para Mucugê visita-se os poços Azul e Encantado (é possível passar em Igatu antes de voltar).
Uma estradinha de terra leva ao povoado de Remanso, de onde você passeia de canoa pelo Pantanal de Marimbus até a cachoeira do Roncador.
Serra das ParidasSerra das Paridas
Serra das Paridas e suas inscrições rupestres
Saindo a pé do centrinho (sem guia), depois de dez minutos ao longo do córrego você chega ao Serrano, um ponto ótimo para tomar banho, em piscinas represadas nas pedras: é a prainha de Lençóis. De lá dá para continuar até o Salão de Areias Coloridas.
Há também trilhas que levam a cachoeiras nos arredores da cidade; basta sair com um guia. (Quem quiser ir ao Morro do Pai Inácio com esforço também pode: dá para ir caminhando, numa trilha total de 15 km.)
Entre os passeios mais famosos, a base em Lençóis prejudica a Cachoeira da Fumaça, no Vale do Capão (que deve ser iniciada o mais cedo possível no dia, para pegar sol menos forte) e meio que invabiliza a cachoeira do Buracão (que requer pernoite em Mucugê ou Igatu).

Onde ficar em Lençóis

Canto das Águas
Canto das ÁguasCanto das Águas

Canto das Águas
No quesito hospedagem, Lençóis tem dois endereços especialíssimos: o hotel Canto das Águas, dos meus amigos Catan e Yasmin, que combina charme rústico com conforto e serviço de hotel de luxo (em apartamentos de vários tamanhos, dos compactos até uma suíte de lua de mel, com Jacuzzi para casal), e a Estalagem do Alcino, uma autêntica pousada de autor.
Estalagem do Alcino
Estalagem do AlcinoEstalagem do Alcino
Estalagem do Alcino
Os dois lugares já põem você em modo slow. O Canto das Águas, por causa do som da correnteza do rio Lençóis (que passa ao lado), da piscina irresistível debruçada no rio e também do bem-montado spa. E a Estalagem do Alcino, pelo melhor café da manhã do Brasil, que torna impossível levantar da mesa antes das 9h30 ou 10h... Outras boas opções na cidade: o Hotel de Lençóis (com boa estrutura, na parte alta da cidade) e as pousadas Vila Serrano e Casa da Geléia.

Onde comer em Lençóis

Os Artistas da MassaTaquitos & BurritosCozinha Aberta
Gnocchi n'Os Artistas da Massa | Vista do Taquitos | Pad thai no Cozinha Aberta
Lençóis é também o vilarejo da Chapada que melhor trata você à mesa. O padrão é alto, tipo Paraty ou Tiradentes. Restaurantes como Azul (no Canto das Águas) e Cozinha Aberta servem cozinha contemporânea (e ainda revisitam receitas regionais com leveza). A Rua da Baderna funciona como um corredor gastronômico; os grandes destaques são dois restaurantes de chefs italianos, Os Artistas da Massa e a Pizzaria da Gente (onde você come no balcão, com a mão). Na transversal Rua das Pedras, a Fazendinha & Tal tem uma grande coleção de cachaças curtidas (a batida de coco é de fazer um estoque e levar pra casa) e serve um elogiado filé alto (para duas pessoas) quando encomendado com 24 horas. Fora do miolinho, o Absolutu serve boas massas num ambiente chamoso. À beira-rio, o mexicano Burritos y Taquitos Santa Fé não desaponta a gringaiada. Se estiver na cidade na hora do almoço, faça como todo mundo e aproveite o bom quilo d'O Bode.

Complementando Lençóis

Se quiser ir à Cachoeira da Fumaça, é mais cômodo programar um pernoite no Vale do Capão (você pode passar pelas grutas de Torrinha e Pratinha na ida). Para ir à Cachoeira do Buracão, programe dois pernoites em Mucugê ou Igatu (dá para rentabilizar os trajetos fazendo o Pantanal de Marimbus na ida e os poços Encantado e Azul na volta).

Como chegar a Lençóis

A Azul voa às quintas e domingos a Lençóis, a partir de Belo Horizonte (2h de vôo) ou de Salvador (1h de vôo), em turboélices ATR 72. Passsageiros vindos de São Paulo ou Rio têm conexões mais convenientes via BH. O aeroporto de Lençóis está a 20 km da cidade; táxis cobram R$ 60 pelo traslado.
De Salvador dá pouco mais de 400 km. A Real Expresso faz o trajeto em 7 horas (há ônibus noturno nas duas direções).
De Salvador a Lençóis
De Salvador a Lençóis, via Ipirá
De carro desde Salvador, o melhor caminho é via Ipirá. Saia pela BR 324 (totalmente duplicada) até o entroncamento com a BR 116, imediatamente antes de Feira de Santana. Logo depois de pegar a BR 116 na direção sul, fique atento para a saída para a BA 052, que vai a Ipirá.
Saída para Ipirá
Entre na BR 116, mas fique ligado na saída para a BA 052 a Ipirá
Em Ipirá, saia para a BA 488, que vai a Itaberaba. Em Itaberaba você pega a BR 242 à direita (oeste). Este caminho permite que você evite o trânsito pesado de caminhões tanto da BR 116 quanto de boa parte da BR 242 (por onde escoa a safra do Centro Oeste em direção ao Nordeste).
A cidade de Seabra, a 70 km, é o local de baldeação para quem vem de ônibus de Brasília (pela Real Expresso, 15 horas de viagem) e São Paulo (pela Emtram, 40 horas de viagem). De Seabra siga a Lençóis pela Real Expresso.

Bancos em Lençóis

Há uma agência do Banco do Brasil e um correspondente bancário do Bradesco. (O Banco 24 Horas e o Itaú mais próximos estão em Itaberaba, a 130 km pela BR 242.) Os estabelecimentos que não aceitam cartão costumam aceitar cheques.
VALE DO PATI | Chapada Diamantina para andarilhos
Vale do Pati
Vai encarar?
Se Lençóis permite que a Chapada seja aproveitada até por sedentários convictos, o Vale do Pati é o playground de quem quer desbravar o coração da Chapada com as próprias pernas. A recompensa são panoramas que só quem se embrenha pelos confins do parque poderá registrar.
Antes de se tornar parque, o vale foi uma região cafeeira e posteriormente serviu como pasto para gado durante a estação seca. As trilhas percorridas pelos visitantes são os caminhos assentados pelos moradores ao longo de um século.
O que faz o trekking no Pati uma experiência única é a mistura de paisagens estonteantes (encostas recobertas por mata atlântica em todas as direções; riozinhos e cachoeiras a granel) com a cultura do lugar. Você se hospeda nas casas dos patizeiros e experimenta a deliciosa e farta cozinha da roça nas três refeições.
Um guia -- muitas vezes, nativo -- acompanhará você durante todo o percurso. As agências de ecoturismo (listadas no início do post) e as pousadas têm os contatos e as referências -- e resolvem toda a logística (trânsfers e eventuais passeios combinados pré e pós-trekking, como a Cachoeira da Fumaça e os poços Azul e Encantado).
Os roteiros mais completos levam 5 dias; começam no Capão (70 km de Lençóis) e terminam em Andaraí (120 km de Lençóis). Há roteiros menos puxados, de 3 ou 4 dias, com volta por Guiné (80 km de Lençóis), evitando assim a subida final da Ladeira do Império (um trecho da Estrada Real) até Andaraí. A cachoeira do Funil, o mirante do Cachoeirão (o mais impressionante da Chapada) e a subida (bastante puxada) ao Morro do Castelo costumam estar presentes em todos os roteiros.

Alternativas ao trekking ao Vale do Pati

Para quem não tem tempo para (ou acha que não vai curtir) o trekking completo, mas quer ao menos ter uma visão do Vale, a pedida é fazer a caminhada Capão-Guiné, de sete horas, que leva até um mirante belíssimo (quem sabe você se anima para descer na próxima vez...).
Campos GeraisMirante Rampa do Pati
Caminhada de Guiné ao Mirante da Rampa do Pati
Como eu estava de carro, a Venturas me sugeriu (e organizou) uma caminhada mais enxuta, de quatro horas, de Guiné ao (deslumbrante) Mirante da Rampa do Pati; eu vim de Mucugê (minha base anterior, 45 km de terra), estacionei em Guiné (onde me reuni ao guia), fiz a caminhada (com uma subida puxada, de 50 minutos), voltei ao carro e segui ao Capão (38 km de terra), minha base seguinte.
Quem se dispuser a caminhar o dia inteiro (o percurso ida e volta pode levar 10 horas) pode fazer, com guia, a caminhada de Guiné ao Cachoeirão.

Onde ficar em Guiné

Querendo começar (ou terminar) o trekking no vilarejo de Guiné, ou ainda pernoitar para fazer a caminhada simplificada até a Rampa do Mirante do Pati ou a caminhada ao Cachoeirão, fale com o Edinho  tel. 75/3338-7013), que tem uma pousada novinha no único casarão histórico da vila.
VALE DO CAPÃO | Chapada zuzobem
Vale do Capão
Vila do Capão
O nome oficial do distrito é Caeté-Açu -- mas todo mundo conhece como Vale do Capão (ou simplesmente Capão). É o único dos destinos da Chapada que não tem status de vilarejo histórico. A vila consiste praticamente de uma rua e uma praça. As pousadas, porém, se espalham num raio de 10 km, antes e depois do centrinho. O barato aqui está no contato mais próximo possível com a natureza; por isso tantas pousadas estão no meio do mato ou em pontos com vistas privilegiadas para as montanhas. É, sem dúvida, o enclave mais ripongo da Chapada (Lençóis, na comparação, fica totalmente coxinha).
O celular não pega, mas há bom wi-fi na região (a lanhouse da praça é um dos points da vila; você pode comprar tempo e usar nas redondezas a qualquer hora: o roteador fica ligado mesmo quando a lanhouse está fechada).
Em julho acontece o bem-organizado Festival de Jazz do Capão; as datas são confirmadas sempre em meados do primeiro semestre.

Passeios a partir do Vale do Capão

FumaçaRiachinho
Mirante da Cachoeira da Fumaça | Riachinho
As agências do centrinho anunciam no quadro negro os trekkings que vão sair nos dias seguintes -- caminhadas que levam à Cachoeira da Fumaça (uma das atrações top da Chapada, 5 horas de caminhada), ao Poço da Angélica e à Cachoeira da Purificação, ao Poço do Gavião e à Cachoeira do Rio Preto. O Morro do Pai Inácio também é acessível por trilha (18 km).
A prainha do Capão é o Riachinho, a 5 km na direção de Palmeiras. Você pode tomar sol nas pedras, aproveitar a cachoeira e a piscina naturalmente represada.
O Vale do Capão é também o ponto de partida para o trekking do Vale do Pati (veja acima). Quem quer só ter um gostinho (e a vista do Vale) pode se encaixar numa caminhada do Capão a Guiné (são 7 horas de trilha).
Na cidade, fique atento à programação do Circo-Escola do Capão, que tem uma tenda na estradinha do centro para a Vila do Bomba.

Onde ficar no Vale do Capão

No centrinho, a Pé no Mato está próxima aos restaurantes e à praça (a espartana O Tatu Feliz é a alternativa central mais econômica). A Vila Esperança está a menos de 10 minutos de caminhada (com uma subidinha).
Pousada do CapãoLagoa das Cores
Pousada do Capão | Villa Lagoa das Cores
A menos de 10 minutos de carro na direção da mata, a Pousada do Capão combina proximidade na natureza com uma vista belíssima para as montanhas; um riozinho corre nos fundos do terreno, servindo de piscina. As acomodações vão do básico (os compactos apartamentos "standard") ao luxuoso (chalés espaçosos para até 4 pessoas), com várias opções intermediárias de bom custo x benefício. Mais embrenhada na mata, a Pousada Candombá tem quartos privativos e coletivos e está bem localizada para iniciar caminhadas. Quem busca uma pousada fofa-romântica-careta vai gostar da Villa Lagoa das Cores, 3 km antes da cidade. A vista é linda; há uma boa piscina e um pequeno spa.

Onde comer no Vale do Capão

Pizzaria Capão GrandePizzaria Capão Grande
Pizzaria Capão Grande
Ninguém sai do Capão sem ir ao menos uma vez à Pizzaria Capão Grande, que não tem placa na porta (fica na lateral da igreja) e serve apenas duas pizzas, de massa integral: uma salgada (vegetariana, com queijo e legumes) e outra doce (de banana), que devem ser acompanhadas pela deliciosa pimenta curtida no mel (feita lá mesmo). Eu comi superbem também em outro restaurante natureba, a Vovó Lina (no início da estradinha para a vila do Bomba), tocado por um casal superjovem de argentinos (comida baratíssima, com pratos novos diariamente). Na praça, o Raio da Lua é de uma italiana que prepara massas ótimas (e vegetarianas); recomendo o spaghetti integral ao pesto. Ainda no centrinho, a Dona Beli serve comida caseira regional (experimente o godó de banana, um ensopado de carne com banana verde). Para jantar com requintes urbanos, reserve o Arômata, na Villa Lagoa das Cores, o Candeia, na Pousada do Capão, ou a Casa das Fadas, que tem linda vista do salão e da varanda.

Como chegar ao Vale do Capão

O Vale do Capão está a 70 km de Lençóis -- e a 74 km do aeroporto. A corrida de táxi é negociada; os taxistas costumam pedir R$ 2 por km (ou R$ 150).
Os ônibus da Rápido Federal/Real Expresso que vão a Lençóis seguem até Palmeiras, a 18 km do Capão. Lá há vans que fazem o trajeto ao Vale do Capão, coordenado com a chegada dos ônibus. Você também pode contratar esse trânsfer com a sua pousada.
Vindo de carro de Salvador (450 km), siga as instruções dadas mais acima, no capítulo Lençóis, para vir por Ipirá.
Quem quiser vir de ônibus de Brasília (Real Expresso) ou São Paulo (Emtram) deve comprar passagem até Seabra (39 km de Palmeiras) e seguir de ônibus local a Palmeiras e então van.

Bancos no Vale do Capão

Não há agências no Vale do Capão, mas agora há um mercadinho na vila que permite saques do Bradesco. A agência copleta mais próxima é a do Bradesco de Palmeiras. Seabra (57 km) tem Bradesco, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Itaberaba (183 km) tem agência Itaú. Os estabelecimentos que não aceitam cartão normalmente aceitam cheques.
IGATU | Chapada descolex
IgatuIgatu
Igatu
Xique-Xique de Igatu é o vilarejo perdido da Chapada. Um caminho de pedras, resquício do tramo da Estrada Real que ligava a Chapada Diamantina a Ouro Preto, leva à mais fotogênica das cidadezinhas do circuito -- e a única que está dentro dos limites do parque nacional. Seus muros e casas de pedras (algumas restauradas, outras em ruínas) lhe renderam o apelido "Machu Picchu da Chapada" -- mas eu juro que achei alguns ângulos muito parecidos com cidades de pedra da Provence, como Gordes...
Galeria Arte & MemóriaIgatu
Galeria Arte & Café
Há um largo, uma praça e então uma subida que leva às ruínas das casas dos garimpeiros. A vila termina na Galeria Arte & Memória (R$ 2), um museu a céu aberto que exibe artefatos e imagens da época da mineração. De lá você pode descer até a singela Igreja de São Benedito, de onde basta seguir reto para voltar ao centrinho.
IgatuIgatuIgatu
Igatu
Fora de temporada Igatu é bem paradinha. Em janeiro, julho e no Carnaval, porém, é um ímã de descolados.

Passeios a partir de Igatu

Poço AzulPoço Encantado
Poço Encantado | Poço Azul
A cidadezinha é uma boa base para ir, de carro, aos poços Encantado (30 km; R$ 15; chegue antes das 11h) e Azul (40 km de Igatu, 25 km do Poço Encantado; R$ 20; chegue entre 12h30 e 15h).  Mucugê, com seu Museu do Garimpo e seu Cemitério Bizantino, está a 22 km. A sede do município, Andaraí, tem um bonito centro histórico (e a ótima sorveteria Apollo), a 15 km.
AndaraíAndaraíAndaraí
Andaraí
Igatu é um bom ponto final para um passeio de canoa pelo Pantanal de Marimbus. Saindo de Lençóis você é deixado no povoado de Remanso, a 18 km, onde começa a travessia em canoa, com dois canoeiros, por uma área alagada com rica vegetação. Depois de duas horas de passeio você é buscado num ponto a 5 km de Andaraí (20 km de Igatu). O passeio também pode continuar até a Cachoeira do Roncador.
A cachoeira mais gostosa da Chapada, o Buracão (leia mais no tópico de Mucugê), está a 110 km (últimos 28 km, de terra).
A pé, chega-se à Rampa do Caim (belo mirante para o Vale do Pati, 2 horas de caminhada/ida), às cachoeiras do Córrego do Meio (20 minutos/ida), Califórnia (1 hora/ida), e ao circuito 3 Barras-Biquinho-Cristais (2 horas e meia/ida).
O Garimpo do Brejo, uma mina de diamantes desativada, aberta a visitação, está colada à cidade (R$ 5).

Onde ficar em Igatu

Pedras de IgatuArt Cristal
Pedras de Igatu | Art Cristal
A pousada mais bem estruturada é a Pedras de Igatu -- mas fora das férias, só abre quando há grupos. Bem na praça central, o Art Hotel Cristal de Igatu tem um simpático bar-pizzaria anexo. A Hospedagem Flor de Açucena , na entrada da cidade, é mais integrada à natureza.
Andaraí, a 15 km, também tem pousadas, como a Sincorá e o Hostel Donanna (que tem quartos coletivos e privativos, com banheiro compartilhado) e a Pousada Andaraí.

Onde comer em Igatu

Xique XiqueÁgua BoaGodó
Carne acebolada no Xique-Xique | Água Boa do Neo e seu godó
Você encontra ótima comida regional no Restaurante do Neo/Água Boa e também no Xique-Xique. A pousada Cristal de Igatu tem chope e pizza. Os bares da praça têm boas cachaças curtidas.

Como chegar em Igatu

Igatu está a 100 km do aeroporto de Lençóis; os taxistas costumam cobrar R$ 2 por km, o que daria R$ 200. Desde o centrinho de Lençóis, são 120 km.
A Águia Branca faz a rota de ônibus de Salvador até Andaraí (15 km), num trajeto de 7 horas.
Vindo de carro de Salvador, são 460 km; o melhor caminho é via Ipirá (veja no tópico Lençóis).

Bancos em Igatu

Os bancos mais próximos são o Bradesco em Andaraí (25 km) e o Banco do Brasil em Mucugê (22 km).
Mucugê | Chapada do sossego
Mucugê
Mucugê
Na ponta sul do circuito básico da volta ao parque, Mucugê é uma cidade de três ruas que se mantém preservada graças ao fato da estrada passar por fora, contornando a vila.
Cemitério Bizantino
Aqui fica a atração mais insólita da Chapada, o curioso Cemitério Bizantino (nome oficial: Cemitério Santa Isabel), construído durante o ciclo do diamante, que parece uma cidade miniatura só de igrejinhas.

Passeios a partir de Mucugê

CachoeirãoCachoeirão
Buracão
Mucugê é a melhor base para ir à Cachoeira do Buracão, a 98 km. O asfalto vai até a cidade de Ibicoara (70 km); lá, é preciso contratar um guia da associação local (R$ 50 para uma pessoa, R$ 70 para duas, R$ 90 para três) e rodar mais 28 km em estrada de chão. O ingresso custa R$ 3. Você caminha uma hora até chegar a um poço, onde precisa vestir colete salva-vidas. Então começa a parte mágica do passeio: flutuar por um desfiladeiro inundado, que desemboca numa cachoeira de 90 metros de queda. Na minha opinião, é o passeio mais bonito e emocionante da Chapada; não deixe de fazer.
Museu do GarimpoMuseu do Garimpo
Museu Vivo do Garimpo
5 km antes de chegar em Mucugê (vindo de Andaraí/Igatu), o Museu Vivo do Garimpo funciona como uma aula sobre o ciclo do diamante na Chapada.
O vilarejo sui-generis de Igatu está a 25 km.
Dá para rentabilizar o caminho desde/para Lençóis visitando os poços Encantado (38 km; R$ 15; chegue antes das 11h) e Azul (60 km de Mucugê, 25 km do Poço Encantado; R$ 20; vá entre 12h30 e 15h).
Há várias trilhas a cachoeiras para escolher. A mais procurada é a Três Barras e Cristais (2h30/ida). Trilhas mais fáceis levam às cachoeiras dos Funis (5 km), Sibéria (5 km) e Tiburtino (menos de 2 km). Há pontos de banho no Rio Paraguaçu aonde se chega de carro ou a pé.
Mucugê também pode ser o ponto de saída para trilhas de um dia pelo Vale do Pati a partir de Guiné. Eu fui de carro até Guiné (45 km de terra), onde me juntei ao guia e fiz a caminhada até o Mirante da Rampa do Pati (4 horas para ir e voltar). De lá continuei ao Vale do Capão (38 km de terra).

Onde ficar em Mucugê

Monte AzulRefúgio da Serra

Monte Azul | Refúgio da Serra
De frente para o Cemitério Bizantino, a pousada Monte Azul tem quartos aconchegantes e uma eficiência germânica no serviço. O café da manhã é delicioso.
Perto da igreja, a Refúgio da Serra chalés caprichados dispostos em torno de um bem-cuidado jardim; o restaurante é o melhor da cidade.
Caso as duas estejam lotadas, considere a Pousada Mucugê, que tem quartos bastante básicos e a única piscina do centrinho.

Onde comer em Mucugê

CascalhoPizzaria da Gente
Cascalho | Pizzaria da Garagem
O restaurante Cascalho, na pousada Refúgio da Serra, tem cardápio cosmopolita. A boa Pizzaria da Garagem (fora de temporada, aberta de sexta a domingo) tem pizzas de massa fina para comer com a mão. Para experimentar comida regional, almoce na Dona Nena. O Point da Chapada serve pizzas na pracinha do agito local. O Sabor & Arte tem buffet por peso no almoço e no jantar. Compre doces na Vovó Ilza e mate saudade de café expresso no Piriquita Café.

Como chegar em Mucugê

Mucugê está a 125 km do aeroporto de Lençóis; os taxistas costumam cobrar R$ 2 por km, o que daria R$ 250. Desde o centrinho de Lençóis, são 145 km.
A Águia Branca faz a rota de ônibus de Salvador até Mucugê, num trajeto de 8 horas.
Vindo de carro de Salvador, são 475 km; o melhor caminho é via Ipirá (veja no tópico Lençóis).
Além da BR 142, que liga Mucugê à BR 242 pelo lado leste do parque nacional, há também uma outra estrada, que sobe pelo lado oeste até Palmeiras. Esta estrada é de terra mas é transitável por carro comum na época seca (abril a setembro). São 70 km até Palmeiras (passando por Guiné, 45 km); de lá pode-se continuar ao Vale do Capão (mais 18 km).

Bancos em Mucugê

Mucugê tem uma agência do Banco do Brasil.
Morro do Camelo
Morro do Camelo, entre Lençóis e Palmeiras
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A viagem à Chapada Diamantina contou com apoio local do Hotel Canto das Águas, da Venturas, da Estalagem Alcino, da Pousada Monte Azul e da Pousada do Capão.